Investigação aponta fraudes em licitações, lavagem de dinheiro e desvio de verbas públicas envolvendo prefeituras e empresas de fachada

A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (27), mais uma fase da Operação Overclean, que apura um sofisticado esquema de corrupção envolvendo a liberação e destinação de emendas parlamentares na Bahia. A investigação aponta fraudes em licitações, desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e uso de empresas de fachada para encobrir o rastro financeiro.
Ao todo, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e três ordens de afastamento de servidores públicos nas cidades de Camaçari, Salvador, Boquira, Ibipitanga e Paratinga. As medidas foram autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o que indica o possível envolvimento de autoridades com foro privilegiado.
A ação teve apoio da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Receita Federal do Brasil (RFB). Os crimes investigados incluem corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
De acordo com a PF, a organização atuava entre os anos de 2021 e 2024, direcionando recursos de emendas parlamentares para prefeituras do interior baiano. Em troca de propina, os valores eram repassados a contratos públicos fraudulentos, com indícios claros de manipulação nos processos licitatórios.

A investigação aponta que o grupo utilizava empresas de fachada e operadores financeiros para burlar os sistemas de controle e movimentar altas quantias de dinheiro, muitas vezes em espécie. Em uma das diligências, os agentes encontraram grandes volumes de dinheiro vivo escondidos em gavetas, evidenciando o nível de sofisticação e risco da operação criminosa.
Segundo a PF, a quarta fase da Overclean busca aprofundar as conexões entre servidores públicos e empresários, identificar a rota do dinheiro desviado e impedir a continuidade do esquema.
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