Morre Mauro Motta, parceiro de Raul Seixas e produtor de Roberto Carlos, aos 77 anos
O mundo da música brasileira se despediu neste sábado (26) de Mauro Motta, compositor, instrumentista e produtor que marcou época com parcerias ao lado de Raul Seixas e Roberto Carlos. Motta faleceu aos 77 anos em Guapimirim (RJ), onde residia desde 1979. A causa da morte não foi divulgada. A informação foi confirmada pela prefeita da cidade, Marina Rocha, através das redes sociais.
Mauro da Motta Lemos, nascido em 12 de fevereiro de 1948, deixou uma obra importante na história da música popular brasileira, com sucessos que atravessaram gerações. Ao lado de Raul Seixas, compôs grandes hits como Doce, doce amor (1971), gravado por Jerry Adriani, e Ainda queima a esperança (1972), sucesso nacional na voz de Diana.
O artista carioca também teve trajetória relevante como tecladista, chegando a integrar o grupo Renato e Seus Blue Caps em 1968. No entanto, foi nos bastidores que consolidou sua influência, como arranjador, compositor e, principalmente, produtor musical.
Legado na música popular
Entre os anos de 1977 e 2003, Mauro Motta contribuiu ativamente com a discografia de Roberto Carlos. Com Eduardo Ribeiro, assinou composições como Nosso amor (1977), Voltei ao passado (1979) e Eu me vi tão só (1980). Sua relação com o “Rei” se fortaleceu ainda mais quando passou a produzir todos os álbuns lançados por Roberto Carlos no Brasil entre 1984 e 1996, um período que consolidou seu nome no cenário da música nacional.
Além disso, Motta foi responsável, ao lado de Robson Jorge, pelos primeiros grandes sucessos da cantora Claudia Telles, como Fim de tarde (1976) e Eu preciso te esquecer (1977), dois clássicos da música romântica brasileira.
Mesmo em meio a críticas quanto à qualidade das produções da fase final de sua colaboração com Roberto Carlos, a escolha de Mauro Motta para produzir os álbuns do cantor é um indicativo da confiança e respeito conquistados no meio musical.
Homenagem e reconhecimento
A trajetória de Mauro Motta se confunde com a própria evolução da música popular brasileira, transitando entre o rock de Raul Seixas e a canção romântica que embalou gerações. Seu legado permanece vivo nas vozes de artistas que continuam a emocionar o país.
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